Serra defende a atuação de igrejas na campanha eleitoral

Em meio à discussão levantada sobre a atuação de igrejas na campanha eleitoral, o ex-governador José Serra (PSDB) afirmou que a manifestação das igrejas na campanha eleitoral é “legítima”.

Serra, pré-candidato tucano à Prefeitura, defende que padres e pastores têm direito de defender seus princípios pelos, contanto que não façam uma “militância” formal. Ele disse em entrevista com Amaury Jr., da Rede TV, que se não for feito isso seria “autoritarismo”. "(Se) a pessoa tem uma religião e quer discutir princípios, é legítimo que o faça. Não são os candidatos que fazem a agenda. Quem faz a agenda são as pessoas", disse ele, segundo o IG. "Nós devemos respeitar e dar a elas o direito de se manifestar. Do contrário, seria autoritarismo." 

 As declarações de Serra causaram controvérsias entre seus colegas na política. O PT entrou em alerta, afirmando que a “agenda religiosa” deve ser evitada para o “bem” da democracia. “A religião não pode ir para o embate político. Isso é muito ruim, muito perigoso”, declarou o presidente estadual do PT, Edinho Silva. “Religião é de foro íntimo e pessoal. Trazer uma questão tão subjetiva, eu penso que é um retrocesso democrático.”


A preocupação do PT é que a entrada de líderes religiosos na campanha causa uma reedição da campanha presidencial de 2010, quando a pauta do aborto entrou em discussão.

O partido acusa a equipe de Serra de ter instigado os evangélicos a votarem contra Dilma Rousseff. O PT também teme que o nome de Fernando Haddad seja associado ao “kit gay”, material de combate à homofobia que gerou o furor dos religiosos.

A equipe de Serra tem afirmado recentemente, que Haddad sofre grande “rejeição” por parte dos evangélicos, por ter autorizado a elaboração do “kit gay”. Serra justifica a abertura aos religiosos como uma defessa da liberdade de expressão e diz que não a vê como militância eleitoral. "É legítimo que diferentes setores da sociedade se manifestem em defesa dos seus valores", afirmou o ex-governador na entrevista. "Não vejo como questão propriamente de militância eleitoral."

Fonte:
Christian Post

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